Um Olhar para o Futuro! Desde 1987 a criar Gerações.

Projeto Educativo

“Só é possível ensinar uma criança a Amar, Amando-a.” (Johann Goethe)

1. Introdução

Este Projeto, “Semear Amor” tem como objetivo desenvolver um conjunto de estratégias no sentido educar e ensinar baseados nos princípios fundamentais para o desenvolvimento da criança, alicerçados no Amor e valores inerentes às boas práticas do crescimento humano. Mobilizando todas as áreas curriculares, agregados à Cidadania e numa prática interdisciplinar, envolvendo toda a comunidade educativa. Semear hoje é premente para colher amanhã, seres humanos bem formados, sensíveis, críticos, responsáveis e íntegros.

Vivemos uma atualidade de incerteza, de uma sociedade individualista e egoísta, sendo por vezes mais importante parecer do que ser. Na tentativa de sensibilizar para o que realmente é importante em cada um de nós, fomentando nas crianças a importância do Amor e aplicando diariamente a temática de que gesto de Amor geram Amor. Educamos os cidadãos do país e do mundo, tirando partido das qualidades de cada um em proveito do grupo, da comunidade escolar, da família e da sociedade.

O Amor é a base de todos os valores, quem Ama protege, cria, constrói, respeita e compreende.

Este projeto deve atingir os objetivos a que se propõe em quatro anos letivos, ou seja, no espaço temporal que vai de 2020 a 2024. O projeto educativo é um instrumento de trabalho crucial numa resposta educativa de qualidade. Será a imagem da ação Educativa, destes quatro anos da instituição, num conceito interdisciplinar e abraçado por todos os elementos desta comunidade.

O principal proposto deste projeto é conseguirmos mudança de comportamentos, incitar à reflexão, para identificar falhas e avaliar resultados, partilhando objetivos na perspetiva de um futuro melhor, primando por uma educação de qualidade. Explicitam-se neste projeto os princípios, as metas e as estratégias que nos propomos a implementar na nossa função educativa.

Como contextualização, colocamos a caracterização do meio e da instituição, o plano de atividades de cada valência/ ciclo, que orientam e definem os objetivos, estratégias, recursos humanos e físicos, a calendarização e planificação de atividades.  

 

1. Caracterização do Meio

1.1. Caraterização geral do concelho - Porto

A população do Porto cresceu devido a dois processos: reprodução dos moradores próprios e aquisição de moradores estranhos. O primeiro consiste no fenómeno biológico, o segundo é o efeito da atração do núcleo urbano sobre as gentes rurais, é um
fenómeno social.

Mas não é só pela natalidade e migração que a população cresce e se dilata a sua área. Depois do crescimento natural, dá-se uma dispersão devido à acumulação interna e pelo próprio desenvolvimento, independente ou comunicado.

A cidade tem os seus componentes, nos lugares e nos bairros. Eles constituem a malha de um tecido que renova permanentemente o acontecer das culturas e de gentes que fazem o sentido portuense da realidade. Ambiente que a comunidade alterou e reconstruiu (construindo-se), a cidade é o espaço onde a cultura se realiza, nos costumes e nos sítios. Aglutinador de aldeias, o Porto tem freguesias, o cimento, a estrutura do retrato físico e humano que expressa o rosto, de aglomeração onde o espírito é feito de diferenças e de oposições. Mais do que divisões administrativas, as freguesias – com os
seus lugares, espaços, tradições – constituem o esqueleto da identidade portuense enraizada em maneiras de viver, por vezes estranhas umas às outras, diferentes e complementares. Assim como existe um carácter do Porto, pode-se falar na originalidade
de cada uma das suas freguesias.

Formadas por lugares, aldeias e pequenas comunidades com vida própria, as freguesias portuenses – as antigas e as recentes – formam-se ligando-se entre elas pela abertura de vias de circulação e ampliação da rede transportes que, lentamente, chegaram aos pontos mais afastados. No entanto mantiveram um carácter próprio, com paisagens, hábitos de vida e monumentos onde se podem observar os traços de “três ou quatro cidades”: as freguesias onde tudo começou (Sé, e depois S. Nicolau, Vitória, Miragaia e, mais tarde Massarelos); as da expansão urbana (Santo Ildefonso, Cedofeita e Bonfim); as de fundo rural (Campanhã, Ramalde, Paranhos e Aldoar); e as atlânticas (Nevogilde e Foz do Douro).

Deambular pelas freguesias portuenses é encontrar ou reencontrar, o Porto através de um itinerário demorado mas, indiscutivelmente mais íntimo e verdadeiro do que os habituais roteiros turísticos.

 

1.2. Situação geográfica da freguesia - Cedofeita, um pouco da sua história

A freguesia de Cedofeita situa-se no concelho e distrito do Porto-província do Douro Litoral. A freguesia de Cedofeita é caracterizada por uma alargada área comercial, instituições escolares, desde Jardins de Infância, passando pela escola de surdos-mudos, pelo Liceu Rodrigues de Freitas até uma Faculdade a de Farmácia. Esta freguesia integra também o Centro de Saúde de Cedofeita, e o Hospital de Santo António.

O edifício da Junta de Freguesia de Cedofeita situa-se no centro da freguesia, e enquadra-se no espaço monumental da cidade do Porto. Outro polo de atração turística, situado junto do edifício da Junta de Freguesia é a Igreja Românica.

Nesta freguesia perpassa uma ideia distinta, pois se por um lado há construções antigas (edifícios altos com uma textura de granito escura) por outro lado há construções modernas (centros comerciais e áreas habitacionais).

A origem do topónimo “Cedofeita” é suscetível de várias interpretações, no entanto, a interpretação mais relevante é a de que, quando os enviados de França chegaram a Portugal verificaram que, num período inferior a dois anos, a Igreja Românica estava
erguida e por esse motivo exclamaram: “Cito faceta” ou melhor, dizendo Cedofeita.

Na segunda metade do século XVIII Cedofeita, juntamente com (Massarelos) é integrada na cidade do Porto, começando, a partir desta altura a conjugar-se a vertente urbano/rural que perdurou durante um largo período de tempo.

No século XVI, este território, hoje densamente povoado, era um simples arrabalde, situado nos arredores da atual cidade invicta, composto por algumas casas, quintas e campos. A mesma situação verificava-se com o Carvalhido, Aldeia Nova e Póvoa de Vilar.

Ainda neste século verificou-se um surto comercial da cidade, devido ao transporte de mercadorias e pessoas efetuado entre o rio Douro e o Oceano Atlântico, referindo-se o facto de Cedofeita ter acompanhado esse progressivo desenvolvimento.

A área territorial da freguesia de Cedofeita é de 2,66Km2 e cujos limites geográficos a determinam como central. É delimitada a norte pela freguesia de Paranhos, a sul pelas freguesias de Miragaia e Vitória, a ocidente pelas freguesias de Massarelos e Ramalde e a oriente pela freguesia de Santo Ildefonso.

 

1.3. Caracterização da freguesia de Cedofeita

A freguesia de Cedofeita, graças ao contributo de todos, é notável o seu progresso e consequente crescimento.

O surto demográfico, acompanhando a mudança do contexto histórico, proporcionou, desde cedo, a especulação imobiliária. Nas últimas décadas tem-se verificado o êxodo de Cedofeita de gerações mais novas, por vários motivos, tais como, a saturação do
mercado de trabalho e o aparecimento de novos valores de qualidade de vida.

Existem vários centros de apoio à terceira idade na área de Cedofeita, tais como, o Centro Social e Paroquial de Cedofeita que integra o centro de dia, o centro de convívio, apoio ao domicílio e lares de acamados. Outro centro de apoio à terceira idade é, a
associação da ex-escola académica. Esta associação tem em vista um alargamento das instalações do centro de dia com o apoio ao domicílio. Saliente-se ainda que esta freguesia tem um centro de apoio à terceira idade.

Nos dias de hoje, de acordo com as necessidades sentidas pela população, é necessário e urgente a construção de casas com instalações sanitárias, isto porque, grande parte da população reside em “ilhas” com condições precárias de habitação. Estas casas degradadas verificam-se, essencialmente, na zona da Bouça e da Lapa. A freguesia de Cedofeita sofre algumas carências a nível de infraestruturas, essencialmente na falta de saneamento, abastecimento de água e eletricidade na maioria das “ilhas” desta freguesia.

A freguesia de Cedofeita possui várias unidades de saúde públicas e privadas. As unidades de saúde públicas na freguesia de Cedofeita são o Hospital Militar, Inspeção Militar de Saúde, Hospital da Ordem de Nossa Senhora da Lapa, Hospital Pediátrico D.
Maria Pia, Centro de Saúde da Freguesia de Cedofeita e Dispensário Antituberculosa.

Nas zonas limítrofes da freguesia de Cedofeita também podemos encontrar o Hospital de Sto. António. Encontramos a nível privado consultórios médicos, situados em prédios habitados pela população que reside nesta cidade.

Por outro lado, a Maternidade Júlio Dinis também presta o seu serviço à freguesia de Cedofeita. Esta freguesia é abrangida pelas unidades de saúde de Aníbal Cunha e Carvalhosa. A comunidade de Cedofeita pode dirigir-se ao Hospital de S. António e ao
Hospital de S. João para que sejam prestados os serviços de saúde necessários.

Em Cedofeita, a educação está muito desenvolvida, indo desde os Jardins de Infância, Liceus a Universidades. Salienta-se que estes estabelecimentos de ensino verificam-se tanto a nível privado como público.

A nível de estabelecimentos de ensino público, Cedofeita possui dez Jardins de Infância, cinco Creches e três ATL's (Atividades de Tempos Livres). A nível de estabelecimentos de Ensino Básico 2º e 3º ciclos e secundário, Cedofeita possui três estabelecimentos, sendo o mais conhecido, o Liceu Rodrigues de Freitas. Podemos também referir, que em Cedofeita verificam-se estabelecimentos de ensino particulares, tais como, o Externato Sol Nascente, o Académico e o Colégio Universal…

A Igreja Nova de Cedofeita é também um foco importante na educação. A paróquia de Cedofeita possui instalações que promovem o desenvolvimento e crescimento da criança, tais como, uma Creche, um Jardim de Infância e um ATL. Estas instalações encontram-se situadas no próprio edifício da Igreja Nova de Cedofeita, construída em 1059.

Na freguesia de Cedofeita existem alguns estabelecimentos de ensino especial. Um deles é o estabelecimento de cegos, designado por Instituto de Cegos de S. Mamede e um outro é para crianças surdos-mudos chamado de Instituto Araújo do Porto. Estes dois estabelecimentos de ensino especial pertencem à Santa Casa da Misericórdia do Porto.

O Instituto S. José dedica-se a crianças com deficiências profundas com incapacidades físicas e mentais.

Importa salientar, que na área de Cedofeita também se encontra uma instituição religiosa que ampara crianças abandonadas na cidade do Porto proporcionando-lhes uma educação promissora para uma vida futura. Esta casa de beneficência fica situada na
Rua Antero de Quental e é conhecida como Hospício Infantil.

A freguesia de Cedofeita possui ainda setores de atividade, como: indústria, comércio e alguns serviços.  

 

2. Caracterização da Instituição

2.1. História

Decorria o ano de 1987, quando esta Instituição nasceu. Foi portanto há 27 anos que tudo começou… Quando um grupo de professoras, educadoras de infância e estagiárias que trabalhavam no “Cantinho Escolar” se organizaram e uma delas, resolveu abrir o Externato Sol Nascente, com a colaboração das outras.

Começou com duas salas de Jardim de Infância (3/4 anos) e (4/5 anos), cada sala com uma educadora de infância e duas salas de 1º Ciclo (1º/2º anos) e (3º/4º anos).

Dois anos mais tarde, houve a necessidade da abertura de mais uma sala de Jardim de Infância e dividiram-se então as crianças pelas salas dos 3 anos, 4 anos e 5 anos; omesmo aconteceu com o 1º Ciclo, abriram-se mais duas salas e dividiram-se as turmas
pelo 1º, 2º, 3º e 4º ano.

Hoje a valência de Jardim de Infância conta novamente com duas salas.

Esta Instituição é do tipo privado com fins lucrativos.

 

2.2. Localização

O nome da Instituição é Externato Sol Nascente. Situa-se no Porto, freguesia de Cedofeita (Carvalhido), na Avenida de França.

 

2.3. Caracterização do edifício

Este edifício está instalado numa antiga moradia de habitação, que há 27 anos atrás, foi adaptado para um Colégio, onde funcionam aulas de 1º Ciclo e da valência de Jardim de Infância, o qual possuí as áreas exigidas pela Legislação para a Educação Pré-Escolar. 

 

2.4. Espaços físicos e recursos materiais

O Externato Sol Nascente é um Colégio constituído pelo edifício central com dois pisos, rés-do-chão e primeiro andar, onde existem 5 salas distribuídas da seguinte forma:
  • 2 salas funcionam com currículos do Ensino Básico 1º Ciclo (1º e 2º ano); a biblioteca está inserida numa das salas do 1º Ciclo;
  • 2 salas funcionam com o Ensino Pré-Escolar;
  • 1 sala funciona como sala de informática;
No interior do edifício existem ainda um hall de entrada, a cantina, a cozinha e a respetiva despensa. Quatro casas de banho, sendo uma para as raparigas e outra para rapazes (1º Ciclo), uma para o Ensino Pré-Escolar e uma para uso dos adultos.

Um gabinete de apoio à coordenação do Colégio, uma despensa para arrumo de material e uma escadaria interior.

O revestimento da Instituição é no geral bastante harmonioso, estando as paredes, revestidas a vinil colorido, o que lhe dá um aspeto acolhedor e limpo.  

O arejamento é ótimo já que, quer as salas quer as outras divisões possuem janelas rasgadas e portas para o exterior.

A iluminação é boa e suficiente, quer a direta quer a artificial, sendo a sua disposição solar norte/nascente/sul/poente.

Fora deste espaço há um pré-fabricado onde funcionam as salas do 3º e 4º ano e duas casas de banho.

No exterior do Colégio há ainda um recreio, constituído por um campo de futebol de relva sintética e jogos impressos no chão para as crianças brincarem. Para os alunos de Jardim de Infância existem escorregas, cavalinhos, casinhas, mesas, cadeiras, triciclos, balizas de futebol, legos de exterior, barco com areia, arca com respetivos carrinhos, bolas, etc…

 

2.5. Recursos humanos

O Externato Sol Nascente tem autorização definitiva para 150 crianças. Sendo 50 da valência de Jardim de Infância e 100 para o 1º Ciclo:

Encontram-se a trabalhar no Externato Sol Nascente, funcionários distribuídos pelas seguintes funções:
  • 2 Educadoras de Infância;
  • 4 Professoras de 1º ciclo (uma acumula o cargo de diretora pedagógica e administrativa e outra de professora de expressão plástica);
  • 1 auxiliar de ação educativa;
  • 1 Cozinheira;
  • 1 Auxiliar de Limpeza;
  • 1 Professor de Expressão e Educação Musical;
  • 1 Professor de Educação física;
  • 1 Professor de Inglês;
  • 3 Professores de atividades extracurriculares;
Fazem ainda parte desta estrutura uma Associação de Pais e Encarregados de Educação, composta por: Patrícia Dias, Ana Correia, Filipa Loureiro, Maria João Oliveira, Ana Pinto e Clara Santos.

 
Organigrama Funcional da Instituição

3. Projeto

3.1. Princípios

Os princípios que norteiam este Projeto Educativo são subsidiários da conceção de educação focalizada em Semear Amor: ações de Amor geram Amor. Neste enquadramento, está implícito um conjunto de valores imprescindíveis para os alicerces futuros do crescimento de crianças mais solidárias, mais atentas aos outros, crianças que se sintam, acima de tudo, membros da sociedade e instrumentos de mudança. Usando conceitos de proteção, criação, inovação, respeito, integridade, e solidariedade, que irão estar presentes no quotidiano das crianças.

Este Projeto atribui à instituição a responsabilização do funcionamento e articulação de todos os elementos da comunidade educativa:
  • Assumindo o compromisso da motivação e envolvimento na contínua participação da comunidade escolar e educativa na vida e decisões da Instituição.
  • Fomentando o diálogo entre todos os agentes educativos que constituem a comunidade escolar.
  • Promovendo o encontro e partilha de saberes.
  • Agregação das diferenças e das especificidades de cada criança das diferentes faixas etárias.
  • Estruturação das diferenças e especificidades de cada nível de ensino.
  • Estimulação da humanização das relações interpessoais.

3.2. Objetivos/estratégias de intervenção

Tendo em conta a reflexão e análise anteriormente explicitadas, e desejando que esta Instituição seja vista, vivida e sentida como “um lugar de partilha”, “um lugar de encontro” e “um lugar de vida”, estabelecem-se como grandes finalidades:
  • Semear Amor.
  • Educar com valores.
  • A promoção da literacia.
  • Responsabilização dos alunos em tarefas/atividades.
  • Ocupação dos tempos “mortos” na aula.
  • Incentivação e valorização dos trabalhos.
  • Proporcionar aos alunos aulas dinâmicas.
  • Incentivação do prazer pelo saber.
  • Valorizar a participação e empenho dos alunos.  

 

4. Fundamentação do Projeto/Atividade

De acordo com Bronfenbrenner considera-se importante para o nosso Projeto Educativo, não só os diferentes sistemas em que as crianças se desenvolvem, como ainda os sistemas mais vastos que os abarcam e as relações que estes estabelecem entre si (Formosinho, 1996). Na verdade, só começamos a ter verdadeira consciência deste facto, quando nos deparamos com tantas e tão diversas formas de como estas crianças, que se estão a desenvolver podem ser influenciadas por tudo que as rodeia.

Neste sentido, elaboramos um Plano Anual de Atividades, contemplando, não só as atividades que se vão repetindo ano após ano (Halloween, Magusto, Festa de Natal, Dia de Reis, Festa de Carnaval, Dia do Pai, Páscoa, Dia da Mãe, Dia Mundial da Criança, Festa Final…), mas também aquelas que nos vão permitir trabalhar sistematicamente o nosso Projeto.

Acreditamos que com elas seremos capazes de demonstrar às nossas crianças, bem como à comunidade escolar, o verdadeiro significado do Amor, alicerçado a uma educação com valores e aspetos mencionados anteriormente, mostrando-lhes realidades que, até aqui, desconheciam ou desvalorizavam.

Do Plano Anual de Atividades constam dias que se celebram mundialmente e, cujo significado consideramos importantes. São selecionados e revistos anualmente para o Plano Anual de Atividades, por forma a efetuarmos uma abordagem mais abrangente e sensibilizarmos para a sua importância.

Deste modo, o nosso Plano Anual de Atividades irá envolver toda a comunidade geral, comunidade escolar, pais e crianças. Com dias de comemoração de tradições culturais, sociais e humanas. Com tempo de reflexão, execução e avaliação. Ano após ano pretende-se sensibilizar os nossos alunos para a importância do Semear Amor e abordar todas as outras temáticas  orelacionando com o nosso Projeto Educativo.

Trabalhar através da multidisciplinaridade através da Cidadania e dos projetos de sala/ turma, reforçando com a comemoração de datas nacionais e ou internacionais, dando amplitude à nossa visão e cultura. Semear Amor é manifestamente um tema abrangente e que está presente nas nossas ações diárias individuais e sociais, cuidar das nossas tradições, do nosso património, dos nossos amigos, da nossa família, reconhecermos o valor das pessoas e de tudo o que nos rodeia … ao semearmos crianças / alunos atentos, preocupados, interventivos e críticos, teremos no futuro cidadãos conscientes e proativos.

O Plano Anual de Atividades altera-se anualmente, ajustando as atividades às festividades e por forma a complementar também os projetos de sala/ Turma.

O nosso muito obrigado a todos os que colaborarem connosco, para que este caminho seja de sucesso – “Semear Hoje para Colher Amanhã”.

 

5. Instrumentos de Apoio ao Projeto Educativo

O Projeto Educativo concretizar-se-á através dos seguintes instrumentos:
 

5.1. Regulamento Interno

O Regulamento Interno da nossa Instituição define o regime de funcionamento da valência de Jardim de Infância e do 1º Ciclo do Ensino Básico. Tem como princípios orientadores, consciencializar todos os intervenientes no processo educativo, para o
desenvolvimento correto e equilibrado dos alunos e, de toda a comunidade escolar, promovendo e assegurando a dignidade de todos, bem como estabelecer as normas de funcionamento dos Órgãos, Estruturas, Serviços e Espaços e, também, proporcionar uma vivência harmoniosa entre todos os elementos.

 

5.2. Projeto Curricular de Escola

O Projeto Curricular da nossa Instituição é instrumento que permite a concretização do Projeto Educativo bem como a definição das estratégias estruturadoras e organizativas que fornecem respostas conclusivas às necessidades educativas da nossa Instituição.

 

5.3. Projeto Curricular de Grupo/Turma

O nosso Projeto Curricular de Grupo/Turma é uma ferramenta de gestão pedagógica, no qual deve ser visível a reflexão e análise dos processos de ensinar e de aprender. É entendido como forma particular, em cada contexto, que organiza e constrói um currículo de acordo com as orientações curriculares. O projeto curricular é elaborado de acordo com o perfil do grupo/turma e é iniciativa do educador/professor da sala.  

 

5.4. Plano Anual de Atividades

O nosso Plano Anual de Atividades é o documento de planeamento elaborado e aprovado pelos órgãos de administração e gestão da Instituição que define as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo, a sua organização e recursos, por forma a
concretizar os princípios constantes do Projeto Educativo.  

 

6. Avaliação do Projeto Educativo

A avaliação do Projeto Educativo será feita no final de cada ano letivo através de reuniões com a equipa educativa, estas debruçar-se-ão sobre o cumprimento dos objetivos e a realização de atividades previstas, para o ano seguinte.

Este deverá fornecer os dados necessários para intervir no sentido de corrigir a coerência (relação entre o projeto e o problema), a eficácia (gestão e administração dos recursos e meios) e eficiência (relação entre a ação e os resultados).
 

6.1. Momentos

O Projeto estará em vigor durante quatro anos, com previsão de uma avaliação intermédia no final de cada ano letivo.

 

6.2. Instrumentos

  • Relatório / Reflexão crítica.
  • Questionar os pais, nas reuniões sobre as ações / atividades realizadas e a sua eficácia.

6.3. Critérios

  • Avaliação final interna.
  • Sucesso dos Planos Educativos e dos projetos desenvolvidos Análise dos projetos e atividades desenvolvidas.
  • Análise dos êxitos e obstáculos encontrados.
  • Respostas e opinião dos pais acerca das ações/ atividades realizadas. 
As atividades estarão sempre sujeitas ao bom funcionamento e condicionantes que possam surgir e serem passíveis de alteração ao longo do processo de implementação, bem como a ampliação das atividades e extensão a todas as áreas disciplinares, sempre que assim justificar.

O Projeto educativo visa ser um documento em mutação e atualização permanente em cada ano e sujeita às devidas avaliações para realizar alterações.

 

6.4. Intervenientes

  • Direção.
  • Representantes da Associação de Pais.
  • Professores/Educadores.
  • Auxiliar de Ação Educativa.  

 

7. Conclusão

A Instituição estabelece como objetivo essencial o desenvolvimento das inteligências múltiplas, proporcionando um ensino diversificado na formação dos futuros cidadãos, com o foco no Amor e nas ações potenciadas quando se age com e por Amor.

Enquanto instituição educativa preocupa-nos cada ser individual numa sociedade cada vez mais global. O Amor é fundamental enquanto premissa de formação da personalidade de seres conscientes e equilibrados.

Precisa-se com urgência de combater a individualidade e a competitividade feroz imposta pela modernização da sociedade e os avanços tecnológicos. Assistimos diariamente a uma perda da consciência social e à fácil desculpabilização individual e responsabilização do outro. Na tentativa de colmatar algumas lacunas sociais, tentamos através do Semear Amor, sensibilizar para a diferença, integrar, trabalhar a consciencialização ambiental e social.

O Amor é uma das bases do desenvolvimento das inteligências múltiplas. Qualquer criança pode desenvolver inteligências desde que sejam valorizadas pelo ambiente.

Assim, cabe às educadoras/professoras proporcionar esse ambiente acolhedor que permitirá às crianças desenvolver e valorizar os afetos, os valores e subsequentemente o Amor. À medida que as crianças progridem na sua compreensão dos valores, a demonstração dos afetos e do Amor que as rodeia torna-se reflexo nas suas ações. Ver o Amor nos nossos atos e nos atos dos outros, provocando impacto em todos que os rodeiam, e motivando-as para a sua repetição – Amor gera Amor.

A Instituição deve proporcionar à criança um desenvolvimento que favoreça o seu potencial individual, favorecendo, assim, o conhecimento de diversas disciplinas básicas e valores, que prepare os alunos para a vida quotidiana e estes não se limitem apenas a raciocínios verbais e lógicos.

A planificação e estruturação das atividades estará planificada anualmente e de forma a abranger todos os campos propostos na implementação de “Semear Amor”, sendo multidisciplinar e aplicável diariamente na sala de aula e fora dela, nas atividades propostas no plano anual de atividades, bem como nos momentos de recreio e ou almoço. O facto de o tema ser abrangente e envolver a nossa comunidade e em tudo o que acreditamos que a educação contempla, todos os momentos poderão ser de implementação do nosso projeto educativo.

 “O Amor supera tudo”…

 

8. Bibliografia


ARQUIVO da Junta de Freguesia de Cedofeita.

FORMOSINHO, J. (1996), Modelos Curriculares para a Educação de Infância. Colecção Infância – Porto Editora, Lisboa.

FORMOSINHO, J. (Org.), KATZ, L., MCCLELLAN, D., LINO, D. (1996) Educação Pré-Escolar – A construção Social da Moralidade. Texto Editora, Lisboa.

HOHMANN, M., BANET, B., WEIKART, D., P. (1995). A criança em Acção. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

MARQUES, R., A Escola e os Pais. Como colaborar?, Texto Editora.

MUSSEN, P.H.et al.(1988), Desenvolvimento da Personalidade Criança. Ed. Harbra.

Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Colecção Educação Pré-Escolar – Ministério da Educação, (1998).

PACHECO, H. (1998). Tradições e Agires. Edição da Universidade Católica Portuguesa.

ROCHA, F., (1996), Educar em Valores. Estante Editora, Aveiro.

SILVA, G. (Reedição de 2008). Porto – Sítios com História. Editora Casa das Letras.